MPMEs gastam mais de 20 horas semanais com gestão de despesas, o equivalente a um terço do mês de trabalho
O “1º Panorama da Gestão de Despesas Corporativas no Brasil”, estudo inédito realizado pela Conta Simples, principal plataforma de gestão de despesas corporativas do Brasil, e pela Visa, líder global em tecnologia de pagamento, aponta que as MPMEs dedicam 21,47 horas semanais à gestão de despesas — o equivalente ao trabalho de mais de 2 dias e meio de um funcionário, tendo como base uma jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Para Rodrigo Tognini, CEO e cofundador da Conta Simples, o número é ainda muito expressivo e evidencia o quanto as MPMEs brasileiras estão gerindo seu financeiro de forma tradicional e arcaica, principalmente porque em grande parte das empresas são os donos ou sócios que se dedicam a essa atividade, tempo que poderia ser destinado para outras funções mais estratégicas.
A pesquisa, que contou com 1524 respondentes de micro, pequenas e médias empresas das cinco regiões do Brasil e foi conduzida entre novembro e dezembro de 2024 pelo New Field Research, aponta que, em média, cinco colaboradores participam de atividades de gestão de despesas. Entre as microempresas, 60% dos funcionários estão envolvidos na tarefa.
“Hoje, um dos bens mais preciosos das empresas é a gestão do tempo e essa é uma grande dor dos empreendedores das pequenas, médias e microempresas, que acabam acumulando funções e horas de trabalho. Ao adotarem soluções inovadoras, esses empreendedores conseguem automatizar processos repetitivos, reduzir erros humanos e liberar tempo valioso que pode ser direcionado para atividades estratégicas essenciais para o crescimento do negócio", conta Juliana Amoroso, diretora da Visa do Brasil.
O salário mais alto alocado em funções operacionais
O levantamento revela ainda que em 46% das empresas entrevistadas, a gestão de despesas recai diretamente sobre os donos ou sócios. Apenas 29% têm uma área ou time dedicados à gestão de despesas e para 12% algumas áreas ou times dividem a tarefa.
Em microempresas o número de donos e sócios que centralizam a gestão de despesas sobe para 59%, seguido de 39% nas pequenas e 24% nas médias. Em empresas que têm até quatro anos de existência o número é ainda maior, 64%, seguido de 54% em companhias que têm entre cinco e 10 anos.
“Com o estudo, entendemos que as MPMEs ainda estão restringindo seu próprio crescimento e ocasionando um prejuízo, por vezes, oculto. Isso porque, a gestão ainda é feita em moldes como o de 40 anos atrás, sem organização, sem tecnologia e sem visibilidade. Esse tempo desprendido em tarefas sumariamente necessárias e muito importantes para o negócio, está sendo alocado de forma errônea. Entendemos que com uma gestão de despesas mais estruturada e otimizada, as empresas podem deixar seus sócios e donos, que representam os maiores salários das companhias, livres para desempenharem funções mais estratégicas. Com isso, elas não só economizam dinheiro, como também liberam tempo para focar no que realmente importa: o crescimento do negócio”, avalia Tognini.
Tecnologia como aliada em eficiência
Por outro lado, o levantamento apontou que para empresas que responderam utilizar a plataforma da Conta Simples, o impacto é substancial e, consequentemente, bem mais positivo: elas dedicam 5 horas a menos por semana na gestão de despesas em comparação com empresas que não utilizam nenhuma plataforma. Isso representa uma economia de 260 horas por ano, permitindo que os gestores e equipes foquem em atividades de maior valor estratégico.
“Acreditamos que o pequeno empreendedor também pode ter uma gestão de despesas estruturada e eficiente, se houver maior conhecimento, direcional e estratégia. Ao utilizar ferramentas como a nossa, em que o propósito é justamente simplificar processos, trazendo mais autonomia e agilidade para o dia a dia, o impacto vai muito além da eficiência de tempo, recaindo diretamente na gestão financeira da empresa como um todo”, destaca Tognini.
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